domingo, 20 de julho de 2008

CHRISTIAN DIOR

Christian Dior nasceu em Granville (cidade portuária da Mancha), na França, no dia 21 de janeiro de 1905.Apesar de seu interesse em artes, especialmente o desenho, Dior acabou estudando ciências políticas, por influência de seu pai, com a intenção de seguir a carreira diplomática. Entretanto, após terminar o curso, gastou seu tempo viajando pela Europa, até que, em 1927, abriu uma galeria de artes, em sociedade com o amigo Jacques Bonjean. Juntos, chegaram a exporalguns trabalhos de amigos, como Dufy, Christian Bérard e Jean Cocteau.Em 1935, começou a desenhar croquis para o "Figaro Illustre", jornal parisiense que os publicavam semanalmente na seção de alta-costura. Após conseguir vender uma coleção de desenhos de modelos de chapéus, começou a fazer croquis de roupas e acessórios para várias maisons de Paris, até que, em 1938, Christian Dior realmente iniciou sua carreira no universo da alta-costura, como assistente do estilista suíço Robert Piguet. Christian Dior foi convocado para a guerra, que explodia na Europa, e atuou como soldado do corpo de engenheiros. Em 1941, foi trabalhar na maison do estilista francês Lucien Lelong, onde conheceu aquele que viria a ser um importante estilista, o francês Pierre Balmain.Christian Dior sonhava em ter sua própria maison, o que pôde ser realizado com a ajuda financeira do então poderoso empresário de tecidos, Marcel Boussac, em 1946. O endereço, em Paris, era o número 30, da avenida Montaigne, o mesmo mantido até hoje. Sua primeira coleção foi apresentada no dia 12 de fevereiro de 1947 e causou uma verdadeira agitação entre a imprensa. Aquele homem tímido e educado havia criado o eterno "New Look". Surgia aí um mito, Christian Dior, que viria se tornar sinônimo de sofisticação e elegância no luxuoso mundo da alta-costura.

Quando Carmel Snow, redatora da revista americana "Harper's Bazaar", viu os modelos apresentados por Dior, exclamou: "This is a new look!" Desde então, o nome original da coleção, que era "Ligne Corolle" (Linha Corola), se tornou conhecida como "New Look".
Em sua primeira coleção, Dior conseguiu mudar todo o conceito de praticidade e simplicidade das roupas femininas, até então uma necessidade dos tempos de guerra e uma tendência da moda criada por Chanel. Após tantos anos de restrições, a mulher necessitava se sentir novamente feminina e ansiava pela elegância e o luxo perdidos.Dior acertou e criou modelos extremamente femininos, luxuosos, sofisticados e elegantes, inspirados na moda da segunda metade do século 19. Os vestidos e saias eram mais longos, o busto mais acentuado, a cintura bem marcada e as saias amplas. Apesar das críticas, com relação a grande quantidade de tecido usado por ele para a confecção de vestidos e saias, ainda num momento díficil para a indústria têxtil, nunca um estilo de roupa chegou tão rápido às ruas. Mulheres de todas as partes do mundo copiaram seus modelos.O modelo que se tornou o símbolo do "New Look" foi o tailleur Bar.

Um casaquinho de seda bege acinturado, ombros naturais e ampla saia preta plissada quase na altura dos tornozelos. Luvas, sapatos de saltos altos e chapéu completavam o figurino impecável. Com essa imagem de glamour, estava definido o padrão nos anos 50.

Em 1949, Christian Dior já tinha uma casa de prê-à-porter de luxo em Nova York, o perfume
"Miss Dior"



Lançado em 1947 e um clássico até hoje - e estava pronto para assinar os primeiros contratos de licença com sociedades americanas, o de meias e o de gravatas. A partir de 1950, surgiu um outro tipo de sociedade, incumbida do comércio por atacado e da difusão dos acessórios com o nome da maison Dior.Em sua coleção de 1951, o estilo princesa ficou consolidado como sua marca, mas a novidade foi o uso do terno masculino em roupas femininas. Dior apresentou um tailleur em lã cinza, que expressava todo o conceito de masculinidade, transportado às roupas femininas.Criou a linha H, em 1954, que era a base de toda a coleção, com modelos que erguiam o busto ao máximo e baixavam a cintura até os quadris, criando a barra central da letra H.Também criou modelos luxuosos, com muita seda e tule bordado com incrustações drapeadas, como no vestido de baile "Chambord", que para ele significava o luxo ao redor da cintura, além dos vestidos de tecidos diáfanos, com várias saias sobrepostas e comprimentos variados.A linha Y surgiu em 1955 e mostrava um corpo esguio com a parte superior mais pesada, com golas grandes que se abriam em forma de V e a "Linha A" trouxe vestidos e saias que se abriam a partir do busto ou da cintura para formar os dois lados de um A.Fortes referências da marca CD até hoje, e que ficaram famosas durante os anos 50, são as estolas, as mangas três quartos, além do conjunto em tons pastéis de cardigã, blusa e saia de crepe.Ainda em 1954, Londres ganhou uma sucursal da grife e uma butique foi anexada à maison de Paris. Mais tarde, surgiram echarpes, lenços de seda, luvas, bijuterias e lingeries com a assinatura Christian Dior, além das sucursais em Caracas, Austrália, Chile, México e Cuba.Mulheres famosas usaram suas criações, como as atrizes Brigitte Bardot e Marlene Dietrich, a cantora Edith Piaf e a princesa Grace de Mônaco.Christian Dior morreu em 24 de outubro de 1957, na estação termal Toscana de Montecatini, na Itália, deixando um verdadeiro império do luxo construído, com 28 ateliês e 1.200 empregados.

Durante dez anos, Christian Dior foi o estilista mais cultuado e admirado no mundo da moda, suas criações foram sucesso e seu nome associado a elegância e refinamento.

Desde 1984, a marca Christian Dior é controlada pelo grupo LVMH (Môet-Henessy Louis Vuitton), primeira empresa mundial do comércio de luxo, do engenheiro francês Bernardo Arnault, que também é dona dos perfumes "Miss Dior" e "Poison", ambos da marca Christian Dior. Atualmente o designer da grife é o inglês John Galliano.

John Galliano, nasceu em 28 de novembro de 1960, Gibraltar é um estilista britânico. Mudou para Londres 1966. Em 1984 graduou-se em design de moda na prestigiada St. Martins College of Art & Design em Londres, onde foi escolhido como sendo o melhor aluno do seu ano.

No Brasil, a única loja da grife Christian Dior, é no bairro dos Jardins, em São Paulo e foi inaugurrada em 1999.


"Nós saímos de uma época de guerra, de uniformes, de mulheres-soldados, de ombros quadrados e estruturas de boxeador. Eu desenho femmes-fleurs, de ombros doces, bustos suaves, cinturas marcadas e saias que explodem em volumes e camadas. Quero construir meus vestidos, moldá-los sobre as curvas do corpo. A própria mulher definirá o contorno e o estilo."
Christian Dior

sábado, 5 de julho de 2008

Mary Quant - Invenção da Mini-Saia

Mary Quant (direita), com três de suas designers em 1968.


Mary Quant, (Kent, 11 de fevereiro de 1934) foi uma estilista britânica, na década de 60, responsável pela criação da minissaia (Mini-Saia).

Na juventude, Mary Quant criava suas roupas, mas, aos poucos, decidiu vender as peças também, mas achava a moda "terrivelmente feia". Anos depois, com o marido, abriu a loja Bazaar, na famosa King’s Road, em Londres.

Criou um diminuto pedaço de pano que mudou o guarda-roupa feminino: a minissaia (Mini-Saia). As saias de 30cm de comprimento eram usadas com camisetas justas e botas altas. Em poucos anos, Mary Quant abriu 150 filiais na Inglaterra, 320 nos EUA e milhares de pontos de venda no mundo todo. A butique Bazaar se tornou o símbolo de vanguarda dos anos 60 e 70.

Em 1966, a rainha Elizabeth II a condecorou com a Ordem do Império Britânico, prêmio que ela recebeu vestindo mais uma de suas criações. Em 1994, aos 60 anos, Mary Quant lançou uma coleção de acessórios e de cosméticos. “É para que ninguém me esqueça”, disse a estilista, ainda adepta de minissaias (Mini-Saia).


Viveu no lugar certo na altura certa… Mas, provavelmente, não sonhou que a tesourada que um dia deu no vestido da famosa manequim Twiggy tivesse um impacto tão grandioso.

Inventora da mini-saia, Mary Quant criou um símbolo que iria acompanhar a juventude rebelde dos anos 60, ávida por chocar e mudar padrões de conduta.

A sua boutique, “Bazaar”, fez história numa das artérias mais famosas de Londres, a King´s Road, no elegante bairro de Chelsea.

Depois de todas as revoluções, a mini-saia começou a ser adaptada pelas “alas” mais conservadoras da sociedade européia e permanece hoje como uma peça essencial do vestuário feminino. Por tudo isto, a história da moda não pode ser contada sem uma homenagem à estilista britânica.

Na década de 70, Quant continuou a saga com coleções inovadoras de pronto-a- vestir, lingerie e, também, com linhas de produtos cosméticos.

Revistas pelo mundo

Jovens estilistas japoneses abrem São Paulo Fashion Week

O desfile de dois jovens estilistas japoneses --Nao Yagi e Hokuto Katsui-- abriu na noite desta segunda-feira, para alguns convidados, a 25ª edição da São Paulo Fashion Week. Os desfiles começam, oficialmente, amanhã (17).



O desfile dos japoneses trouxe 25 looks, na maioria com motivos infantis --balões-- e muito papel --nos arranjos de cabeça, nos bolsos, debaixo das blusas. O convite foi uma maneira de expressar o tema desta edição, que é o centenário da imigração japonesa no Brasil.


Nos sete dias de Fashion Week, haverá uma programação paralela de exposições e palestras ligadas à imigração. Um dos maiores destaques é a palestra que o estilista Kenzo Takada faz dia 21, das 9h às 12h, no Centro Universitário Senac, campus Santo Amaro (zona sul de São Paulo). Kenzo também faz palestra do outro lado da cidade, na Semana da Cultura Japonesa, que acontece no complexo do Anhembi (zona norte de São Paulo), no dia 20.


Na abertura da Fashion Week, o diretor do evento, Paulo Borges, afirmou que Kenzo, mais de 40 anos atrás, foi o responsável por desviar a atenção da moda, que antes era dedicada exclusivamente à Europa. "O mundo passou a ver a moda de uma outra forma. E, se hoje a São Paulo Fashion Week está no calendário de moda como uma das semanas de moda mais importantes do planeta, isso se deve porque os japoneses mostraram que a moda pode vir de qualquer lugar, desde que tenha qualidade, criatividade e inovação."


Fashion de Galocha!

Galochas Multicoloridas

Já faz algum tempinho que as galochas viraram item fashion. Mas você tem visto nas ruas? A adesão ao estilo de calçado tem sido lenta, mas já têm adeptas. Talvez seja a hora de se animar e garantir a sua!

É imensa a variedade de galochas nas vitrines por aí, tem modelos coloridos, estampadas, xadrez, estilo militar, de bolinhas, com listras, etc, etc... Pura diversão!

Tem medo de virar fashion victim da vez? Bobagem...Lembre dos pés e barras de calças molhados nos dias de mau tempo, aposto que você vai agradecer aos deuses por ter uma!

Galochas negras

As galochas foram sinônimo durante anos de uniformes de equipes de limpeza, item de segurança no trabalho ou dia chuvoso, as botas de borracha (galochas) ganharam status fashion e viraram febre em capitais como Nova York, Londres e Paris.