quinta-feira, 28 de agosto de 2008

SAPATOS FEMININOS.

Se você é do tipo que adora sapatos, mas sempre se complicou na hora de explicar as diferenças com detalhes dos principais modelos de calçados, o que usar com cada um deles e as tendências desta estação. Aprenda as diferenças entre os estilos e se jogue naqueles que mais combinam com você.




Scarpin (ou escarpam).















Sapato fechado, com salto médio ou alto e uma linha que se afina em direção ao bico. O nome vem do diminutivo italiano para scarpa (sapato)- scarpino.Foi Christian Dior, ao propor uma volta ao feminino em 1947 para as roupas das mulheres, quem popularizou este formato clássico de sapatos.Escarpins de salto alto e fino, chamados de "Stilettos", fizeram a fama de muitas estrelas de cinema nos anos 50, como Marilyn Monroe.

Vale combinar os scarpins com quase todos os tipos de roupa; com shorts, calças skinny e saias curtas, por exemplo, eles dão um ar glamouroso ao visual. Se quiser um tom mais moderninho, aposte nos modelos coloridos.



Mule .







Original do Marrocos e muito usado pelos hippies na década de 1970, o mule é uma espécie de tamanquinho, fechado na frente e aberto atrás, que deixa o calcanhar de fora. Seu bico é geralmente fino (mas também pode ser quadrado) e possui saltos medianos (5 cm). É ideal para visuais mais despojados e pode ser usado com calças capri, vestidos, saias e bermudinhas. Se a ocasião é mais formal, os mules devem ser evitados.



Chanel.








“Primo” do scarpin, o chanel diferencia-se por ser aberto atrás e possuir uma tira que passa sobre o calcanhar e abaixo do tornozelo. Seu bico pode ser fino, quadrado ou arredondado. O modelo foi criado nos anos 1960 pela famosa estilista francesa Coco Chanel e, em suas primeiras versões, possuía o bico em cor mais escura, formando um visual bicolor. Funciona como uma espécie de coringa nas produções, seja com a dupla jeans e camiseta ou com saias e vestidos longuetes.



Peep toe.









Possui uma frente mais arredondada, deixando à mostra a pontinha dos dedos dos pés (o nome vem do inglês: peep = começar a aparecer e toe = dedo). O modelo, um dos preferidos nos anos 1940, hoje é utilizado para dar um toque mais retrô ou romântico às produções. Aposte no peep toe com jeans, saias e vestidinhos. Uma boa opção neste inverno é investir em cores vibrantes como vermelho, berinjela, pistache, azul-royal e mostarda.


Sapatilha.






Já se foi o tempo em que só as mais altas podiam abusar das sapatilhas. Adotada do figurino das bailarinas clássicas, a sapatilha ganhou roupagens mais moderninhas, sendo confeccionadas em diferentes materiais, cores e estilos. Neste inverno, invista nos bicos arredondados em verniz ou cetim, com laços, fivelas e muitas cores! Sapatilhas combinam com jeans skinny e capri, shorts, minissaias, meia-calça e vestidinhos. As mais ousadas podem se jogar nas estampas em oncinha e nos estilos college e vintage.


Mocassins.












O modelo, inventado pelos índios norte-americanos para proteger seus pés do frio, era inicialmente fabricado com cascas de árvores. Hoje os mocassins podem vir sob vários materiais e acabamentos, como verniz, camurça e couro, mas sempre com a costura alinhavada para fora (igual como os índios usavam!). Do salto baixo ao altíssimo, são capazes de conferir tons diferentes ao look, indo do casual ao mais sofisticado. Nas produções esportivas, por exemplo, combinam com calças de sarja, bermudas e macaquinhos.



Sandálias.



Modelo preso ao solado apenas através de tiras grossas ou finas, deixando boa parte do pé exposta. É o mais prático e democrático dos calçados e combina com todos os estilos de roupa, materiais, alturas e cores. As rasteirinhas ajudam a compor uma produção mais despojada enquanto as de salto alto proporcionam um visual mais sexy e sofisticado. Uma de suas versões mais em voga na temporada é o ousado tipo gladiador, sem salto e com tiras presas ao tornozelo, que vai bem com shorts, calças largas e vestidinhos.



Botas.


É o calçado oficial do inverno e dos lugares frios, por cobrir parte da perna. Pode ir do meio do tornozelo até o joelho e apresenta vários tipos de bicos, materiais e tamanhos de salto. Os modelos de cano alto e salto fino são mais indicados para pessoas esguias e de pernas longas; as baixinhas devem optar pelos canos de altura média, que podem ser combinados com saias longas ou calças mais retas. Neste inverno, a sensação tem sido os tipos que misturam botas e sandálias (as sandal boots) e deixam os dedos à mostra. Odiado por umas e amados por outras, o estilo é radical.



Ankle boot.











Bota de cano extremamente curto, termina no tornozelo (ankle, em inglês) ou logo no comecinho da canela. Versátil e fashion, pode ter bico e salto mais finos, ideal para a balada, ou ser mais baixa e arredondada, que combina melhor com um estilo esportivo. A ankle boot pode compor um look moderninho com leggin, calça skinny ou meias grossas. Mas é preciso ficar atento: o modelo é indicado apenas para quem tem tornozelos finos e pernas longas, pois ele achata a silhueta.



Mary Jane.














Conhecido como “sapato de boneca” o calçado tem o bico e o “decote” arredondados, saltos medianos ou altos e uma tira que atravessa o peito do pé, presa por uma fivelinha ou velcro. Com um ar ao mesmo tempo infantil e sofisticado, é perfeito com saias e vestidos curtos. Os modelos em cetim, verniz ou bicolores estão entre os mais procurados dessa estação.

CALÇADOS NO BRASIL.

Inicialmente utilizados somente como proteção dos pés, com a vinda da côrte portuguesa ao Brasil, em 1808, o comércio sofreu um incremento e os costumes europeizaram-se, passado o sapato a fazer parte da moda. Nesta época os escravos eram proibidos de usar sapatos, mas quando conseguiam a liberdade, compravam um par de calçados como símbolo da nova condição social. Como muitos não se acostumavam a usá-lo, viravam objeto de decoração ou de prestígio, carregando-os, orgulhosamente, nos ombros ou nas mãos.
Apesar de existerem várias sapatarias no Rio de Janeiro para atenderem o mercado da alta sociedade local, o calçado normalmente era importado da Europa. No final do século XIX o modelo básico do calçado era a botina fechada de camurça, de pelica ou de seda para as mulheres mais abastadas, e os chinelos para o restante da população feminina.
Nas décadas de 1910 e 1920 o modelo de sapato feminino mais usado no Brasil era o borzeguim ou a botina, evitando os pés expostos, mesmo que os vestidos já tivessem subido seu comprimento.
No pósguerra houve uma mudança muito grande na maneira de vestir e de calçar. A mulher passou a sair às ruas, praticar esportes e cuidar do corpo, sendo o tênis é inventado nessa época. Além disso, como os vestidos encurtaram, os sapatos ficaram mais à mostra, aumentando a preocupação com a estética do calçado.
Os sapatos ficaram mais abertos, deixando o peito do pé descoberto, e podiam ter alças em cima do pé e fechadas lateralmente ou tiras na parte traseira ou presas no tornozelo. O conforto era importante, por causa disso, os saltos não eram muito altos, e permitiam dançar o jazz e o charleston com facilidade.
No começo do século XX a industrialização do Rio Grande do Sul, junto com a proximidade de matéria-prima, o couro, contribui para a criação de um pólo coureiro-calçadista em Novo Hamburgo, dando início à várias indústrias como as de Pedro Adams Filho.











quarta-feira, 27 de agosto de 2008

HISTÓRIA DO CALÇADO.

Existem evidências que a história do sapato começa a partir de 10 mil a.C. ou seja, no final do Paleolítico, pois pinturas desta época, em cavernas na Espanha e no sul da França, fazem referência ao calçado.
Entre os utensílios de pedra dos homens das caverna existem vários que serviam para raspar as peles, o que indica que a arte de curtir é muito antiga. Nos hipogeus egípcios, que eram câmaras subterrâneas usadas para enterros, e que têm idade entre seis e sete mil anos, foram descobertas pinturas que representavam os diversos estados do preparo do couro e dos calçados.
No Antigo Egito, as sandálias dos egípcios eram feitas de palha, papiro ou de fibra de palmeira e era comum as pessoas andarem descalças, carregando as sandálias e usando-as apenas quando necessário. Sabe-se que apenas os nobres da época possuíam sandálias. Mesmo um faraó como Tutancamon usava sandálias e sapatos de couro simples, apesar dos enfeites de ouro.
Na Mesopotâmia eram comuns os sapatos de couro cru, amarrados aos pés por tiras do mesmo material. Os coturnos eram símbolos de alta posição social.
Na Grécia Antiga, os gregos chegaram a lançar moda, como a de modelos diferentes para os pés direito e esquerdo.
Na Roma Antiga, o calçado indicava a classe social. Os cônsules usavam sapato branco, os senadores sapatos marrons presos por quatro fitas pretas de couro atadas a dois nós, e o calçado tradicional das legiões era a bota de cano curto que descobria os dedos.
Na Idade Média, tanto homens como mulheres usavam sapatos de couro abertos que tinham uma forma semelhante ao das sapatilhas.Os homens também usavam botas altas e baixas, atadas à frente e ao lado.O material mais corrente era a pele de vaca, mas as botas de qualidade superior eram feitas de pele de cabra.
A padronização da numeração é de origem inglesa. O rei Eduardo I foi quem uniformizou as medidas. A primeira referência conhecida da manufatura do calçado na Inglaterra é de 1642, quando Thomas Pendleton forneceu quatro mil pares de sapatos e 600 pares de botas para o exército. As campanhas militares desta época iniciaram uma demanda substancial por botas e sapatos.
Em meados do século XIX começaram a surgir as máquinas para auxiliar na confecção dos calçados mas, só com a máquina de costura o sapato passou a ser mais acessível.
A partir da quarta década do século XX, grandes mudanças começam a acontecer na Indústria calçadista, como a troca do couro pela borracha e pelos materiais sintéticos, principalmente nos calçados femininos e infantis.


Sapato de couro de 800 a 400 a.C no Museu Hallstatt, Áustria.










Sapatos dos índios estadunidenses , no museu Britânico em Londres.





Reprodução de um sapato alemão de couro do século II.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

PEDRINHO FERNANDES.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

A HISTÓRIA DO VESTIDO DE NOIVA.

A história do vestido de noiva, essa peça essencial quando o assunto é casamento, têm detalhes pouco conhecidos. A tradição do vestido de noiva branco começou no século XIX quando a rainha Vitória escolheu um modelo de cetim branco debruado de flores de laranjeira. A tendência logo se espalhou entre as nobres e mulheres de classe alta, no entanto, a maioria ainda preferia vestidos coloridos, que poderiam ser usados em outras ocasiões (uma cena do filme “A Época da Inocência”, de 1993, mostra a personagem de Wynona Ryder, May Archer, usando seu vestido numa ópera, na Nova York dos anos 1880).


Não é à toa que alguns vestidos de noiva tornaram-se referência para a moda de uma época. Se a rainha Vitória lançou uma tendência no século XIX, sua bisneta Elizabeth iniciou a competição pelo vestido mais bonito quando se casou com Phillip Mountbatten, em 1947, usando um modelo de Norman Hartnell, o costureiro oficial da corte inglesa.

Elizabeth II no dia de seu casamento.

Quatro décadas depois, em 81, Lady Diana Spencer usou o vestido mais copiado da história em seu casamento com o príncipe Charles. As mangas bufantes e o véu quilométrico eram a cara dos anos 80 e inspiraram milhões de mulheres candidatas a viver um conto de fadas. Enquanto Diana e Charles mostraram ao mundo que contos de fada não existem, as mocinhas da década de 50 tiveram mais material para o seu sonho, afinal elas assistiram.


Em 56, à união de Grace Kelly (uma princesa hollywoodiana) com o príncipe Rainier de Mônaco. A atriz foi provavelmente a noiva mais bonita que se tem notícia e o seu vestido, a referência para os comportados anos 50.

O vestido que Grace Kelly usou digno de princesa,foi parar em um museu.
Alguns anos antes, em 53, do lado oposto do Atlântico, outro ícone de estilo casava-se com o futuro presidente do EUA. Jacqueline Bouvier Kennedy escolheu um vestido que deixava os ombros à mostra, de uma estilista pouco conhecida, chamada Anne Lowe. Para o seu segundo casamento, com Aristóteles Onassis, em 68, Jackie usou um Valentino, que à essa altura já era famoso e amigo da ex-primeira dama.




Somente na década de 20 que o vestido de noiva passou a ter a conotação que conhecemos hoje e o branco passou a ser a cor padrão. Ironicamente, esse foi o período que as mulheres começaram a lutar por direitos iguais e a moda sofreu mudanças drásticas, mas a peça tornou-se símbolo da pureza e do ideal romântico do casamento. Até hoje, todos os convidados querem saber como a noiva está vestida e quem criou o seu modelo. Durante décadas, os desfiles de alta-costura terminavam com a noiva e era o ponto alto.

Em 1996, Carolyn Bessette, trouxe Narciso Rodriguez para o mapa da moda quando vestiu um de seus modelos minimalistas em seu casamento com John Kennedy Jr.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Trajetória de Yves Mathieu Saint Laurent


1936: em 1º de agosto nasce Yves Mathieu Saint Laurent em Oran (Argélia), onde passa sua juventude até obter o bacharelado.

1953-54: chega a Paris, onde mostra seus desenhos ao diretor da revista Vogue, Michel de Brunhoff. Recebe aulas na Câmara Sindical de Alta-Costura; ganha um concurso. Brunhoff apresenta Yves Saint Laurent a Christian Dior, que o contrata.

1955-1957: vira assistente de Christian Dior.

1957: Yves Saint Laurent é colocado à frente da direção artística da Dior, depois da morte repentina do estilista mestre, em 24 de outubro de 1957.

1958: apresenta sua primeira coleção, "Trapézio", que põe fim a anos da ditadura da cintura de vespa, um êxito total.

1960: Yves Saint Laurent é declarado incapacitado por ser hospitalizado por depressão nervosa. É substituído por Marc Bohan na Dior.

1961: cria a maison Yves Saint Laurent, associando-se a Pierre Bergé, a quem conheceu em 1958.

1962: 29 de janeiro, primeiro desfile da maison Yves Saint Laurent.

1964: lançamento de "Y", primeiro perfume assinado por Saint Laurent.

1966: criação do primeiro smoking para mulheres. Aberta a primeira boutique pret-a-porter Saint Laurent Rive Gauche em Paris.

1969: aberta a primeira butique Rive Gauche para Homens em Paris.

1971: coleção de 1971, chamada "40", foi um escândalo. Yves Saint Laurent posa nu para um anúncio de seu perfume para homens.

1977: lançamento do perfume Opium, um de seus maiores sucessos.

1982: aniversário dos 20 anos da maison no Lido de Paris. Yves Saint Laurent recebe o prestigioso "International Award of the Council of Fashion Designers of America" (CFDA).

1983: retrospectiva dedicada dos 25 anos de criação de Saint Laurent no Metropolitan Museum de Nova York.

1985: O presidente francês François Mitterrand lhe concede a insígnia de cavaleiro da Legião de Honra.

1986: compra Charles of the Ritz, grupo cosmético americano que até então era proprietário dos perfumes e cosméticos Saint Laurent.

1992: comemora os 30 anos da maison na Ópera da Bastilha.

1993: em janeiro o grupo industrial francês Elf-Sanofi assume o controle da empresa.

1998: Yves Saint Laurent celebra seus 40 anos de carreira. No Stade de France, 300 modelos desfilam na grama do estádio antes da final da Copa do Mundo disputada entre França e Brasil.

1998: Yves Saint Laurent decide se dedicar exclusivamente à alta-costura. Dois jovens estilistas se destacam no prêt-à-porter: Albert Elbaz, para a mulher, e Hedi Slimane, para as peças masculinas.

1999: o italiano Gucci (40% da Pinault-Printemps-La Redoute) adquire o prêt-à-porter e os perfumes. O holding Artemis de François Pinault se converte no proprietário da Yves Saint Laurent Alta-Costura.

2002: a maison de alta-costura Yves Saint Laurent celebra seus 40 anos em 22 de janeiro.

2004: a Fundação Pierre Bergé-Yves Saint Laurent é inaugurada com uma exposição intitulada "Yves Saint Laurent dialoga com a arte".