sábado, 25 de outubro de 2008

PEDRINHO FERNANDES - VESTIDOS PARA DEBUTANTES

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

RONALDO ESPER.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

SAPATOS FEMININOS.

Se você é do tipo que adora sapatos, mas sempre se complicou na hora de explicar as diferenças com detalhes dos principais modelos de calçados, o que usar com cada um deles e as tendências desta estação. Aprenda as diferenças entre os estilos e se jogue naqueles que mais combinam com você.




Scarpin (ou escarpam).















Sapato fechado, com salto médio ou alto e uma linha que se afina em direção ao bico. O nome vem do diminutivo italiano para scarpa (sapato)- scarpino.Foi Christian Dior, ao propor uma volta ao feminino em 1947 para as roupas das mulheres, quem popularizou este formato clássico de sapatos.Escarpins de salto alto e fino, chamados de "Stilettos", fizeram a fama de muitas estrelas de cinema nos anos 50, como Marilyn Monroe.

Vale combinar os scarpins com quase todos os tipos de roupa; com shorts, calças skinny e saias curtas, por exemplo, eles dão um ar glamouroso ao visual. Se quiser um tom mais moderninho, aposte nos modelos coloridos.



Mule .







Original do Marrocos e muito usado pelos hippies na década de 1970, o mule é uma espécie de tamanquinho, fechado na frente e aberto atrás, que deixa o calcanhar de fora. Seu bico é geralmente fino (mas também pode ser quadrado) e possui saltos medianos (5 cm). É ideal para visuais mais despojados e pode ser usado com calças capri, vestidos, saias e bermudinhas. Se a ocasião é mais formal, os mules devem ser evitados.



Chanel.








“Primo” do scarpin, o chanel diferencia-se por ser aberto atrás e possuir uma tira que passa sobre o calcanhar e abaixo do tornozelo. Seu bico pode ser fino, quadrado ou arredondado. O modelo foi criado nos anos 1960 pela famosa estilista francesa Coco Chanel e, em suas primeiras versões, possuía o bico em cor mais escura, formando um visual bicolor. Funciona como uma espécie de coringa nas produções, seja com a dupla jeans e camiseta ou com saias e vestidos longuetes.



Peep toe.









Possui uma frente mais arredondada, deixando à mostra a pontinha dos dedos dos pés (o nome vem do inglês: peep = começar a aparecer e toe = dedo). O modelo, um dos preferidos nos anos 1940, hoje é utilizado para dar um toque mais retrô ou romântico às produções. Aposte no peep toe com jeans, saias e vestidinhos. Uma boa opção neste inverno é investir em cores vibrantes como vermelho, berinjela, pistache, azul-royal e mostarda.


Sapatilha.






Já se foi o tempo em que só as mais altas podiam abusar das sapatilhas. Adotada do figurino das bailarinas clássicas, a sapatilha ganhou roupagens mais moderninhas, sendo confeccionadas em diferentes materiais, cores e estilos. Neste inverno, invista nos bicos arredondados em verniz ou cetim, com laços, fivelas e muitas cores! Sapatilhas combinam com jeans skinny e capri, shorts, minissaias, meia-calça e vestidinhos. As mais ousadas podem se jogar nas estampas em oncinha e nos estilos college e vintage.


Mocassins.












O modelo, inventado pelos índios norte-americanos para proteger seus pés do frio, era inicialmente fabricado com cascas de árvores. Hoje os mocassins podem vir sob vários materiais e acabamentos, como verniz, camurça e couro, mas sempre com a costura alinhavada para fora (igual como os índios usavam!). Do salto baixo ao altíssimo, são capazes de conferir tons diferentes ao look, indo do casual ao mais sofisticado. Nas produções esportivas, por exemplo, combinam com calças de sarja, bermudas e macaquinhos.



Sandálias.



Modelo preso ao solado apenas através de tiras grossas ou finas, deixando boa parte do pé exposta. É o mais prático e democrático dos calçados e combina com todos os estilos de roupa, materiais, alturas e cores. As rasteirinhas ajudam a compor uma produção mais despojada enquanto as de salto alto proporcionam um visual mais sexy e sofisticado. Uma de suas versões mais em voga na temporada é o ousado tipo gladiador, sem salto e com tiras presas ao tornozelo, que vai bem com shorts, calças largas e vestidinhos.



Botas.


É o calçado oficial do inverno e dos lugares frios, por cobrir parte da perna. Pode ir do meio do tornozelo até o joelho e apresenta vários tipos de bicos, materiais e tamanhos de salto. Os modelos de cano alto e salto fino são mais indicados para pessoas esguias e de pernas longas; as baixinhas devem optar pelos canos de altura média, que podem ser combinados com saias longas ou calças mais retas. Neste inverno, a sensação tem sido os tipos que misturam botas e sandálias (as sandal boots) e deixam os dedos à mostra. Odiado por umas e amados por outras, o estilo é radical.



Ankle boot.











Bota de cano extremamente curto, termina no tornozelo (ankle, em inglês) ou logo no comecinho da canela. Versátil e fashion, pode ter bico e salto mais finos, ideal para a balada, ou ser mais baixa e arredondada, que combina melhor com um estilo esportivo. A ankle boot pode compor um look moderninho com leggin, calça skinny ou meias grossas. Mas é preciso ficar atento: o modelo é indicado apenas para quem tem tornozelos finos e pernas longas, pois ele achata a silhueta.



Mary Jane.














Conhecido como “sapato de boneca” o calçado tem o bico e o “decote” arredondados, saltos medianos ou altos e uma tira que atravessa o peito do pé, presa por uma fivelinha ou velcro. Com um ar ao mesmo tempo infantil e sofisticado, é perfeito com saias e vestidos curtos. Os modelos em cetim, verniz ou bicolores estão entre os mais procurados dessa estação.

CALÇADOS NO BRASIL.

Inicialmente utilizados somente como proteção dos pés, com a vinda da côrte portuguesa ao Brasil, em 1808, o comércio sofreu um incremento e os costumes europeizaram-se, passado o sapato a fazer parte da moda. Nesta época os escravos eram proibidos de usar sapatos, mas quando conseguiam a liberdade, compravam um par de calçados como símbolo da nova condição social. Como muitos não se acostumavam a usá-lo, viravam objeto de decoração ou de prestígio, carregando-os, orgulhosamente, nos ombros ou nas mãos.
Apesar de existerem várias sapatarias no Rio de Janeiro para atenderem o mercado da alta sociedade local, o calçado normalmente era importado da Europa. No final do século XIX o modelo básico do calçado era a botina fechada de camurça, de pelica ou de seda para as mulheres mais abastadas, e os chinelos para o restante da população feminina.
Nas décadas de 1910 e 1920 o modelo de sapato feminino mais usado no Brasil era o borzeguim ou a botina, evitando os pés expostos, mesmo que os vestidos já tivessem subido seu comprimento.
No pósguerra houve uma mudança muito grande na maneira de vestir e de calçar. A mulher passou a sair às ruas, praticar esportes e cuidar do corpo, sendo o tênis é inventado nessa época. Além disso, como os vestidos encurtaram, os sapatos ficaram mais à mostra, aumentando a preocupação com a estética do calçado.
Os sapatos ficaram mais abertos, deixando o peito do pé descoberto, e podiam ter alças em cima do pé e fechadas lateralmente ou tiras na parte traseira ou presas no tornozelo. O conforto era importante, por causa disso, os saltos não eram muito altos, e permitiam dançar o jazz e o charleston com facilidade.
No começo do século XX a industrialização do Rio Grande do Sul, junto com a proximidade de matéria-prima, o couro, contribui para a criação de um pólo coureiro-calçadista em Novo Hamburgo, dando início à várias indústrias como as de Pedro Adams Filho.











quarta-feira, 27 de agosto de 2008

HISTÓRIA DO CALÇADO.

Existem evidências que a história do sapato começa a partir de 10 mil a.C. ou seja, no final do Paleolítico, pois pinturas desta época, em cavernas na Espanha e no sul da França, fazem referência ao calçado.
Entre os utensílios de pedra dos homens das caverna existem vários que serviam para raspar as peles, o que indica que a arte de curtir é muito antiga. Nos hipogeus egípcios, que eram câmaras subterrâneas usadas para enterros, e que têm idade entre seis e sete mil anos, foram descobertas pinturas que representavam os diversos estados do preparo do couro e dos calçados.
No Antigo Egito, as sandálias dos egípcios eram feitas de palha, papiro ou de fibra de palmeira e era comum as pessoas andarem descalças, carregando as sandálias e usando-as apenas quando necessário. Sabe-se que apenas os nobres da época possuíam sandálias. Mesmo um faraó como Tutancamon usava sandálias e sapatos de couro simples, apesar dos enfeites de ouro.
Na Mesopotâmia eram comuns os sapatos de couro cru, amarrados aos pés por tiras do mesmo material. Os coturnos eram símbolos de alta posição social.
Na Grécia Antiga, os gregos chegaram a lançar moda, como a de modelos diferentes para os pés direito e esquerdo.
Na Roma Antiga, o calçado indicava a classe social. Os cônsules usavam sapato branco, os senadores sapatos marrons presos por quatro fitas pretas de couro atadas a dois nós, e o calçado tradicional das legiões era a bota de cano curto que descobria os dedos.
Na Idade Média, tanto homens como mulheres usavam sapatos de couro abertos que tinham uma forma semelhante ao das sapatilhas.Os homens também usavam botas altas e baixas, atadas à frente e ao lado.O material mais corrente era a pele de vaca, mas as botas de qualidade superior eram feitas de pele de cabra.
A padronização da numeração é de origem inglesa. O rei Eduardo I foi quem uniformizou as medidas. A primeira referência conhecida da manufatura do calçado na Inglaterra é de 1642, quando Thomas Pendleton forneceu quatro mil pares de sapatos e 600 pares de botas para o exército. As campanhas militares desta época iniciaram uma demanda substancial por botas e sapatos.
Em meados do século XIX começaram a surgir as máquinas para auxiliar na confecção dos calçados mas, só com a máquina de costura o sapato passou a ser mais acessível.
A partir da quarta década do século XX, grandes mudanças começam a acontecer na Indústria calçadista, como a troca do couro pela borracha e pelos materiais sintéticos, principalmente nos calçados femininos e infantis.


Sapato de couro de 800 a 400 a.C no Museu Hallstatt, Áustria.










Sapatos dos índios estadunidenses , no museu Britânico em Londres.





Reprodução de um sapato alemão de couro do século II.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

PEDRINHO FERNANDES.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

A HISTÓRIA DO VESTIDO DE NOIVA.

A história do vestido de noiva, essa peça essencial quando o assunto é casamento, têm detalhes pouco conhecidos. A tradição do vestido de noiva branco começou no século XIX quando a rainha Vitória escolheu um modelo de cetim branco debruado de flores de laranjeira. A tendência logo se espalhou entre as nobres e mulheres de classe alta, no entanto, a maioria ainda preferia vestidos coloridos, que poderiam ser usados em outras ocasiões (uma cena do filme “A Época da Inocência”, de 1993, mostra a personagem de Wynona Ryder, May Archer, usando seu vestido numa ópera, na Nova York dos anos 1880).


Não é à toa que alguns vestidos de noiva tornaram-se referência para a moda de uma época. Se a rainha Vitória lançou uma tendência no século XIX, sua bisneta Elizabeth iniciou a competição pelo vestido mais bonito quando se casou com Phillip Mountbatten, em 1947, usando um modelo de Norman Hartnell, o costureiro oficial da corte inglesa.

Elizabeth II no dia de seu casamento.

Quatro décadas depois, em 81, Lady Diana Spencer usou o vestido mais copiado da história em seu casamento com o príncipe Charles. As mangas bufantes e o véu quilométrico eram a cara dos anos 80 e inspiraram milhões de mulheres candidatas a viver um conto de fadas. Enquanto Diana e Charles mostraram ao mundo que contos de fada não existem, as mocinhas da década de 50 tiveram mais material para o seu sonho, afinal elas assistiram.


Em 56, à união de Grace Kelly (uma princesa hollywoodiana) com o príncipe Rainier de Mônaco. A atriz foi provavelmente a noiva mais bonita que se tem notícia e o seu vestido, a referência para os comportados anos 50.

O vestido que Grace Kelly usou digno de princesa,foi parar em um museu.
Alguns anos antes, em 53, do lado oposto do Atlântico, outro ícone de estilo casava-se com o futuro presidente do EUA. Jacqueline Bouvier Kennedy escolheu um vestido que deixava os ombros à mostra, de uma estilista pouco conhecida, chamada Anne Lowe. Para o seu segundo casamento, com Aristóteles Onassis, em 68, Jackie usou um Valentino, que à essa altura já era famoso e amigo da ex-primeira dama.




Somente na década de 20 que o vestido de noiva passou a ter a conotação que conhecemos hoje e o branco passou a ser a cor padrão. Ironicamente, esse foi o período que as mulheres começaram a lutar por direitos iguais e a moda sofreu mudanças drásticas, mas a peça tornou-se símbolo da pureza e do ideal romântico do casamento. Até hoje, todos os convidados querem saber como a noiva está vestida e quem criou o seu modelo. Durante décadas, os desfiles de alta-costura terminavam com a noiva e era o ponto alto.

Em 1996, Carolyn Bessette, trouxe Narciso Rodriguez para o mapa da moda quando vestiu um de seus modelos minimalistas em seu casamento com John Kennedy Jr.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Trajetória de Yves Mathieu Saint Laurent


1936: em 1º de agosto nasce Yves Mathieu Saint Laurent em Oran (Argélia), onde passa sua juventude até obter o bacharelado.

1953-54: chega a Paris, onde mostra seus desenhos ao diretor da revista Vogue, Michel de Brunhoff. Recebe aulas na Câmara Sindical de Alta-Costura; ganha um concurso. Brunhoff apresenta Yves Saint Laurent a Christian Dior, que o contrata.

1955-1957: vira assistente de Christian Dior.

1957: Yves Saint Laurent é colocado à frente da direção artística da Dior, depois da morte repentina do estilista mestre, em 24 de outubro de 1957.

1958: apresenta sua primeira coleção, "Trapézio", que põe fim a anos da ditadura da cintura de vespa, um êxito total.

1960: Yves Saint Laurent é declarado incapacitado por ser hospitalizado por depressão nervosa. É substituído por Marc Bohan na Dior.

1961: cria a maison Yves Saint Laurent, associando-se a Pierre Bergé, a quem conheceu em 1958.

1962: 29 de janeiro, primeiro desfile da maison Yves Saint Laurent.

1964: lançamento de "Y", primeiro perfume assinado por Saint Laurent.

1966: criação do primeiro smoking para mulheres. Aberta a primeira boutique pret-a-porter Saint Laurent Rive Gauche em Paris.

1969: aberta a primeira butique Rive Gauche para Homens em Paris.

1971: coleção de 1971, chamada "40", foi um escândalo. Yves Saint Laurent posa nu para um anúncio de seu perfume para homens.

1977: lançamento do perfume Opium, um de seus maiores sucessos.

1982: aniversário dos 20 anos da maison no Lido de Paris. Yves Saint Laurent recebe o prestigioso "International Award of the Council of Fashion Designers of America" (CFDA).

1983: retrospectiva dedicada dos 25 anos de criação de Saint Laurent no Metropolitan Museum de Nova York.

1985: O presidente francês François Mitterrand lhe concede a insígnia de cavaleiro da Legião de Honra.

1986: compra Charles of the Ritz, grupo cosmético americano que até então era proprietário dos perfumes e cosméticos Saint Laurent.

1992: comemora os 30 anos da maison na Ópera da Bastilha.

1993: em janeiro o grupo industrial francês Elf-Sanofi assume o controle da empresa.

1998: Yves Saint Laurent celebra seus 40 anos de carreira. No Stade de France, 300 modelos desfilam na grama do estádio antes da final da Copa do Mundo disputada entre França e Brasil.

1998: Yves Saint Laurent decide se dedicar exclusivamente à alta-costura. Dois jovens estilistas se destacam no prêt-à-porter: Albert Elbaz, para a mulher, e Hedi Slimane, para as peças masculinas.

1999: o italiano Gucci (40% da Pinault-Printemps-La Redoute) adquire o prêt-à-porter e os perfumes. O holding Artemis de François Pinault se converte no proprietário da Yves Saint Laurent Alta-Costura.

2002: a maison de alta-costura Yves Saint Laurent celebra seus 40 anos em 22 de janeiro.

2004: a Fundação Pierre Bergé-Yves Saint Laurent é inaugurada com uma exposição intitulada "Yves Saint Laurent dialoga com a arte".

domingo, 20 de julho de 2008

CHRISTIAN DIOR

Christian Dior nasceu em Granville (cidade portuária da Mancha), na França, no dia 21 de janeiro de 1905.Apesar de seu interesse em artes, especialmente o desenho, Dior acabou estudando ciências políticas, por influência de seu pai, com a intenção de seguir a carreira diplomática. Entretanto, após terminar o curso, gastou seu tempo viajando pela Europa, até que, em 1927, abriu uma galeria de artes, em sociedade com o amigo Jacques Bonjean. Juntos, chegaram a exporalguns trabalhos de amigos, como Dufy, Christian Bérard e Jean Cocteau.Em 1935, começou a desenhar croquis para o "Figaro Illustre", jornal parisiense que os publicavam semanalmente na seção de alta-costura. Após conseguir vender uma coleção de desenhos de modelos de chapéus, começou a fazer croquis de roupas e acessórios para várias maisons de Paris, até que, em 1938, Christian Dior realmente iniciou sua carreira no universo da alta-costura, como assistente do estilista suíço Robert Piguet. Christian Dior foi convocado para a guerra, que explodia na Europa, e atuou como soldado do corpo de engenheiros. Em 1941, foi trabalhar na maison do estilista francês Lucien Lelong, onde conheceu aquele que viria a ser um importante estilista, o francês Pierre Balmain.Christian Dior sonhava em ter sua própria maison, o que pôde ser realizado com a ajuda financeira do então poderoso empresário de tecidos, Marcel Boussac, em 1946. O endereço, em Paris, era o número 30, da avenida Montaigne, o mesmo mantido até hoje. Sua primeira coleção foi apresentada no dia 12 de fevereiro de 1947 e causou uma verdadeira agitação entre a imprensa. Aquele homem tímido e educado havia criado o eterno "New Look". Surgia aí um mito, Christian Dior, que viria se tornar sinônimo de sofisticação e elegância no luxuoso mundo da alta-costura.

Quando Carmel Snow, redatora da revista americana "Harper's Bazaar", viu os modelos apresentados por Dior, exclamou: "This is a new look!" Desde então, o nome original da coleção, que era "Ligne Corolle" (Linha Corola), se tornou conhecida como "New Look".
Em sua primeira coleção, Dior conseguiu mudar todo o conceito de praticidade e simplicidade das roupas femininas, até então uma necessidade dos tempos de guerra e uma tendência da moda criada por Chanel. Após tantos anos de restrições, a mulher necessitava se sentir novamente feminina e ansiava pela elegância e o luxo perdidos.Dior acertou e criou modelos extremamente femininos, luxuosos, sofisticados e elegantes, inspirados na moda da segunda metade do século 19. Os vestidos e saias eram mais longos, o busto mais acentuado, a cintura bem marcada e as saias amplas. Apesar das críticas, com relação a grande quantidade de tecido usado por ele para a confecção de vestidos e saias, ainda num momento díficil para a indústria têxtil, nunca um estilo de roupa chegou tão rápido às ruas. Mulheres de todas as partes do mundo copiaram seus modelos.O modelo que se tornou o símbolo do "New Look" foi o tailleur Bar.

Um casaquinho de seda bege acinturado, ombros naturais e ampla saia preta plissada quase na altura dos tornozelos. Luvas, sapatos de saltos altos e chapéu completavam o figurino impecável. Com essa imagem de glamour, estava definido o padrão nos anos 50.

Em 1949, Christian Dior já tinha uma casa de prê-à-porter de luxo em Nova York, o perfume
"Miss Dior"



Lançado em 1947 e um clássico até hoje - e estava pronto para assinar os primeiros contratos de licença com sociedades americanas, o de meias e o de gravatas. A partir de 1950, surgiu um outro tipo de sociedade, incumbida do comércio por atacado e da difusão dos acessórios com o nome da maison Dior.Em sua coleção de 1951, o estilo princesa ficou consolidado como sua marca, mas a novidade foi o uso do terno masculino em roupas femininas. Dior apresentou um tailleur em lã cinza, que expressava todo o conceito de masculinidade, transportado às roupas femininas.Criou a linha H, em 1954, que era a base de toda a coleção, com modelos que erguiam o busto ao máximo e baixavam a cintura até os quadris, criando a barra central da letra H.Também criou modelos luxuosos, com muita seda e tule bordado com incrustações drapeadas, como no vestido de baile "Chambord", que para ele significava o luxo ao redor da cintura, além dos vestidos de tecidos diáfanos, com várias saias sobrepostas e comprimentos variados.A linha Y surgiu em 1955 e mostrava um corpo esguio com a parte superior mais pesada, com golas grandes que se abriam em forma de V e a "Linha A" trouxe vestidos e saias que se abriam a partir do busto ou da cintura para formar os dois lados de um A.Fortes referências da marca CD até hoje, e que ficaram famosas durante os anos 50, são as estolas, as mangas três quartos, além do conjunto em tons pastéis de cardigã, blusa e saia de crepe.Ainda em 1954, Londres ganhou uma sucursal da grife e uma butique foi anexada à maison de Paris. Mais tarde, surgiram echarpes, lenços de seda, luvas, bijuterias e lingeries com a assinatura Christian Dior, além das sucursais em Caracas, Austrália, Chile, México e Cuba.Mulheres famosas usaram suas criações, como as atrizes Brigitte Bardot e Marlene Dietrich, a cantora Edith Piaf e a princesa Grace de Mônaco.Christian Dior morreu em 24 de outubro de 1957, na estação termal Toscana de Montecatini, na Itália, deixando um verdadeiro império do luxo construído, com 28 ateliês e 1.200 empregados.

Durante dez anos, Christian Dior foi o estilista mais cultuado e admirado no mundo da moda, suas criações foram sucesso e seu nome associado a elegância e refinamento.

Desde 1984, a marca Christian Dior é controlada pelo grupo LVMH (Môet-Henessy Louis Vuitton), primeira empresa mundial do comércio de luxo, do engenheiro francês Bernardo Arnault, que também é dona dos perfumes "Miss Dior" e "Poison", ambos da marca Christian Dior. Atualmente o designer da grife é o inglês John Galliano.

John Galliano, nasceu em 28 de novembro de 1960, Gibraltar é um estilista britânico. Mudou para Londres 1966. Em 1984 graduou-se em design de moda na prestigiada St. Martins College of Art & Design em Londres, onde foi escolhido como sendo o melhor aluno do seu ano.

No Brasil, a única loja da grife Christian Dior, é no bairro dos Jardins, em São Paulo e foi inaugurrada em 1999.


"Nós saímos de uma época de guerra, de uniformes, de mulheres-soldados, de ombros quadrados e estruturas de boxeador. Eu desenho femmes-fleurs, de ombros doces, bustos suaves, cinturas marcadas e saias que explodem em volumes e camadas. Quero construir meus vestidos, moldá-los sobre as curvas do corpo. A própria mulher definirá o contorno e o estilo."
Christian Dior

sábado, 5 de julho de 2008

Mary Quant - Invenção da Mini-Saia

Mary Quant (direita), com três de suas designers em 1968.


Mary Quant, (Kent, 11 de fevereiro de 1934) foi uma estilista britânica, na década de 60, responsável pela criação da minissaia (Mini-Saia).

Na juventude, Mary Quant criava suas roupas, mas, aos poucos, decidiu vender as peças também, mas achava a moda "terrivelmente feia". Anos depois, com o marido, abriu a loja Bazaar, na famosa King’s Road, em Londres.

Criou um diminuto pedaço de pano que mudou o guarda-roupa feminino: a minissaia (Mini-Saia). As saias de 30cm de comprimento eram usadas com camisetas justas e botas altas. Em poucos anos, Mary Quant abriu 150 filiais na Inglaterra, 320 nos EUA e milhares de pontos de venda no mundo todo. A butique Bazaar se tornou o símbolo de vanguarda dos anos 60 e 70.

Em 1966, a rainha Elizabeth II a condecorou com a Ordem do Império Britânico, prêmio que ela recebeu vestindo mais uma de suas criações. Em 1994, aos 60 anos, Mary Quant lançou uma coleção de acessórios e de cosméticos. “É para que ninguém me esqueça”, disse a estilista, ainda adepta de minissaias (Mini-Saia).


Viveu no lugar certo na altura certa… Mas, provavelmente, não sonhou que a tesourada que um dia deu no vestido da famosa manequim Twiggy tivesse um impacto tão grandioso.

Inventora da mini-saia, Mary Quant criou um símbolo que iria acompanhar a juventude rebelde dos anos 60, ávida por chocar e mudar padrões de conduta.

A sua boutique, “Bazaar”, fez história numa das artérias mais famosas de Londres, a King´s Road, no elegante bairro de Chelsea.

Depois de todas as revoluções, a mini-saia começou a ser adaptada pelas “alas” mais conservadoras da sociedade européia e permanece hoje como uma peça essencial do vestuário feminino. Por tudo isto, a história da moda não pode ser contada sem uma homenagem à estilista britânica.

Na década de 70, Quant continuou a saga com coleções inovadoras de pronto-a- vestir, lingerie e, também, com linhas de produtos cosméticos.

Revistas pelo mundo

Jovens estilistas japoneses abrem São Paulo Fashion Week

O desfile de dois jovens estilistas japoneses --Nao Yagi e Hokuto Katsui-- abriu na noite desta segunda-feira, para alguns convidados, a 25ª edição da São Paulo Fashion Week. Os desfiles começam, oficialmente, amanhã (17).



O desfile dos japoneses trouxe 25 looks, na maioria com motivos infantis --balões-- e muito papel --nos arranjos de cabeça, nos bolsos, debaixo das blusas. O convite foi uma maneira de expressar o tema desta edição, que é o centenário da imigração japonesa no Brasil.


Nos sete dias de Fashion Week, haverá uma programação paralela de exposições e palestras ligadas à imigração. Um dos maiores destaques é a palestra que o estilista Kenzo Takada faz dia 21, das 9h às 12h, no Centro Universitário Senac, campus Santo Amaro (zona sul de São Paulo). Kenzo também faz palestra do outro lado da cidade, na Semana da Cultura Japonesa, que acontece no complexo do Anhembi (zona norte de São Paulo), no dia 20.


Na abertura da Fashion Week, o diretor do evento, Paulo Borges, afirmou que Kenzo, mais de 40 anos atrás, foi o responsável por desviar a atenção da moda, que antes era dedicada exclusivamente à Europa. "O mundo passou a ver a moda de uma outra forma. E, se hoje a São Paulo Fashion Week está no calendário de moda como uma das semanas de moda mais importantes do planeta, isso se deve porque os japoneses mostraram que a moda pode vir de qualquer lugar, desde que tenha qualidade, criatividade e inovação."